28 fevereiro, 2013

"Não se preocupe, embaixador". Por Demétrio Magnoli


A Carlos Zamora Rodríguez, embaixador de Cuba no Brasil:

Circulam rumores de que a passagem da blogueira Yoani Sánchez pelo Brasil terá efeitos desastrosos para sua carreira diplomática.
Escrevo para acalmá-lo.
À luz dos critérios políticos normais, qualquer um dos quatro motivos mencionados como causas possíveis de sua queda seria suficiente para fulminar um diplomata.
Contudo, os governos de Cuba e do Brasil não se movem por critérios normais.

Comenta-se, em primeiro lugar, que o Planalto solicitaria sua remoção em reação à interferência ilegal da Embaixada nos assuntos internos do país.
De fato, é ultrajante reunir militantes do PT e do PCdoB na representação diplomática cubana para distribuir um CD contendo calúnias contra uma cidadã em visita ao Brasil.
Mas não se preocupe.
Sob Lula, quando prendeu e deportou os pugilistas cubanos que tentavam emigrar, o governo brasileiro violou a Carta Interamericana de Direitos Humanos para atender a um desejo de Havana.
Dilma Rousseff só precisa ignorar a violação de leis nacionais para encerrar o “caso Yoani”.

Em segundo lugar, corre o rumor de que Havana pretende substituí-lo por razões de incompetência funcional.
A causa seria o vazamento para “Veja” das informações sobre a reunião na Embaixada, que contou com a presença de Ricardo Poppi Martins, auxiliar do ministro Gilberto Carvalho — uma notícia depois confirmada pela própria Secretaria Geral da Presidência.
Certamente, as agências de inteligência de seu país não apreciaram a condução desastrada da operação, mas duvido que o governo de Raúl Castro desconsidere os fatores atenuantes:
a inconveniência representada pela liberdade de imprensa e os “dilemas morais pequeno-burgueses” de militantes de esquerda não submetidos ao centralismo do Partido Comunista Cubano.

Um terceiro motivo para seu afastamento residiria nas implicações lógicas das acusações difundidas pela Embaixada contra a blogueira.
O CD qualifica Yoani comomercenária financiada pelo governo dos EUA” para “trabalhar contra o povo cubano”.
Afirmar isso, porém, significa dizer que, mesmo dispondo das provas da atuação de uma agente inimiga em seu território, o governo de Cuba optou por não prendê-la e processá-la, colocando em risco a segurança do país.
O raciocínio, impecável, destruiria um diplomata de um país democrático, mas não arranhará sua reputação perante o regime dos Castro:
o discurso totalitário não almeja a persuasão racional, não se deixa limitar pela regra da consistência interna e não admite o escrutínio da crítica.

Afigura-se mais grave a quarta razão que apontam como ameaça à sua carreira.
Ao estimular a perseguição movida por hordas de militantes organizados contra Yoani, a Embaixada amplificou a voz e o alcance da mensagem da blogueira, produzindo um efeito contrário ao desejado por Havana.
Construído no terreno de um cínico pragmatismo político, o argumento parece irretocável, mas não creio que deveria alarmá-lo.
Na perspectiva do regime cubano, as repercussões da visita sobre a opinião pública são o preço a pagar pela afirmação de um princípio inegociável do totalitarismo:
os dissidentes nunca estão a salvo da violência real ou simbólica do “ato de repúdio”.

O “ato de repúdio” é o equivalente político do estupro de gangue.
Na China da Revolução Cultural, onde alcançou o apogeu, a prática chamava-se
“assembleia de denúncia”.
Segundo o relato de Jung Chang, uma jovem chinesa que testemunhou aqueles tempos, a Universidade de Pequim realizou sua pioneira “assembleia de denúncia” a 18 de junho de 1966, quando o reitor e dezenas de professores sofreram espancamentos e foram obrigados a permanecer ajoelhados durante horas em meio à multidão histérica.
Enfiaram à força em suas cabeças chapéus cônicos de burro, com slogans humilhantes e derramaram tinta em seus rostos para deixá-los negros, a cor do mal” (“Cisnes selvagens: três filhas da China”).
A matriz chinesa, nós dois sabemos, inspirou a ditadura cubana
cujos “atos de repúdioexcluem a tortura, mas não a violência física moderada, a intimidação direta e uma torrente de insultos.

Yoani relata no seu blog o primeiro “ato de repúdio” que assistiu, quando tinha cinco anos (“As pessoas gritavam e levantavam os punhos ao redor da porta de uma vizinha”), e um outro, do qual foi vítima junto com as Damas de Branco
(“as hordas da intolerância cuspiram em nós, empurraram e puxaram o cabelo”).
No “ato de repúdio”, o “inimigo do povo” deve ser despido de sua condição humana e convertido em joguete da violência coletiva.
A agressão física é um corolário último desejável, mas não é um componente necessário do ritual — e, dependendo das circunstâncias políticas, deve ser prudentemente evitada.
Estou convicto de que sua embaixada levou isso em conta quando indicou o caminho dos atos contra Yoani.

Seu conhecido Breno Altman, um quadro político do PT, defendeu os “atos de repúdio” contra a blogueira em debate televisivo, alegando que “ninguém saiu ferido”.
De fato, apenas em Feira de Santana chegaram a empurrar Yoani e a puxar-lhe o cabelo.
Na mesma cidade e em São Paulo, gangues de vândalos a insultaram em público, cassaram-lhe o direito à palavra, ameaçaram pessoas que queriam escutá-la, provocaram o cancelamento de eventos literários e cinematográficos.
Tudo isso caracteriza constrangimento ilegal, um crime contra as liberdades públicas e individuais.

No Brasil, a palavra de Yoani desmoralizou a ditadura cubana.
Mas, nessa particular guerra de princípios, sua embaixada venceu:
a polícia não interferiu, os “intelectuais de esquerda” silenciaram, a editora que publica Yoani eximiu-se da obrigação de protestar e uma imprensa confusa sobre a linguagem dos valores democráticos qualificou os vândalos como “manifestantes”.
Por sua iniciativa, o “ato de repúdio” fincou raízes no meu país.
Creio que lhe devem uma medalha.



Demétrio Magnoli é sociólogo.

LULLA o psicopata EGOLATRA

O psicopata barbudo, deus da seita da estrela vermelha, que ja ousou se comparar a Jesus, JK e Getulio Vargas agora se compara a Lincoln.
Entao, nada mais justo que colocar algumas frases de Lincoln para CALAR A BOCA DO FALASTRAO que agora foge da imprensa para NAO FALAR DA MARMITA ROSE.

Vamos la:

A cada dia que passa o psicopata barbudo se mostra mais petulante em
sua ignorancia, arrogancia e EGOLATRIA.
Entao, eis uma frase otima para os PTetas refletirem.
"É melhor calar-se e deixar que as pessoas pensem que você é um idiota
do quer falar e acabar com a dúvida."

Abraham Lincoln

Quando o VAGABUNDO que mandou amputar um dedo para receber
idenização e aposentadoria ele era POBRE.
Agora que tem poder, esta milhonario.
Antes ele se dizia como o ultimo ETICO do Brasil, agora, eh, comprovadametne,
o MAIS IMORAL SER VIVO do Brasil.
"Quase todos os homens são capazes de suportar adversidades,
mas se quiser por à prova o caráter de um homem, dê-lhe poder".

Abraham Lincoln

A casa LOGO LOGO vai cair deus molusco da seita da estrela vermelha.
Eis um bom recado para voce.
"Podeis enganar toda a gente durante um certo tempo;
podeis mesmo enganar algumas pessoas todo o tempo;
mas não vos será possível enganar sempre toda a gente."

Abraham Lincoln

E quando vierem a PUBLICO a VERDADE sobre sua MARMITA DE AVIAO
ROSE e que D. NULLA tem que abaixar a cabeca para passar por portas...
Neste dia eu quero ver o que voce vai dizer.
"Nenhum mentiroso tem uma memória suficientemente boa
para ser um mentiroso de êxito."

Abraham Lincoln

ETICA eh um caminho de MAO UNICA, sem desvios.
Nao existe MEIO VIRGEM, nao existe MEIA VERDADE.
Ou se eh ETICO ou nao.
"Os princípios mais importantes podem e devem ser inflexíveis."
Abraham Lincoln